Obrigado Pai, porque estou aqui em tua casa, enquanto muitos perambulam pelo mundo sem um lugar para ficar, sem um teto para dormir, sem família, sem amigos, sem ninguém. Obrigado, porque enquanto eu te adoro outros choram, sem saber de teu consolo e teu perdão. Porque muitos sem ter luz, andam a passos tristes, amargos, vazios na escuridão. Obrigado porque ando, falo, vejo, canto, abraço, beijo, amo e sonho com amanhã ao tempo que alguns nada disso podem.
Sou grato a ti porque apesar das minhas horas difíceis e ruins, tenho tido momentos muito bons em tua presença. Aquela minha lágrima do passado já secou e eu estou aqui sorrindo, cantando, orando e ouvindo palavras de vida que me dão fé, coragem e certeza. Certeza de que como tantas vezes aconteceu, ainda que o choro dure uma noite, pela manhã, virá a alegria. Tu és a minha esperança.
Quero te agradecer porque se neste mundo encontrei pessoas que me fizeram chorar, também encontrei muitas outras que me fizeram sorrir. Se alguém me derrubou, alguém me segurou pela mão e me levantou e por esse motivo continuo em pé adorando em tua casa. Se choro pelos que partiram, choro porque eles foram bons, foram teus presentes para minha vida. Meu choro é meu testemunho de quão preciosos eles foram para mim.
Eu te louvo meu Deus, pela saúde, pelo pão, pela vida, pela segurança, pela esperança de um amanhã e por tantas coisas boas que recebi de tuas mãos.
Jamais poderei entender porque tantos sofrem tanto em tantos lugares enquanto outros caminham tranqüilos sem sequer pensar em ti. Não tenho respostas para todas as perguntas de todas as pessoas, talvez nem sequer para as minhas. Talvez não tenha palavras para dizer àqueles que quando vêem as grandes catástrofes olham para mim e perguntam: “Onde está o teu Deus?”
Mas uma coisa eu sei. Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam (Salmo 23.4). Tu és o meu Deus para sempre e tu serás o meu guia até a morte. (Salmo 48.14). E ainda que passem os céus e a terra, tuas palavras jamais passarão (Mateus 24.35) e eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra! (Jó 19.25)
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