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Archive for julho \04\+00:00 2011

Deus e o tempo

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei. (Gálatas 4.4)

É dito que Abraão invocou o nome de El Olam, o Deus Eterno (Gênesis 22.33) Embora Deus esteja acima do tempo, é no tempo que sua mão entra para operar e trazer para nós redenção.

            Foi dentro do tempo que Jesus entrou e se fez homem. As marcas dos seus passos ficaram na história e na história também ficou seu sangue derramado. E na história aconteceu sua vitória sobre a morte. Não é o tempo uma limitação de Deus, mas é uma limitação nossa e de tudo o que nos envolve.

Dê tempo para Deus. Mesmo o Eterno age neste nosso mundo dentro dos limites de nossos calendários e relógios. Os planos de Deus em nossa vida não podem se cumprir de uma só vez. Não suportaríamos se tudo fosse dito e feito em um único momento. Suas sementes em nossa vida levarão tempo para germinar, brotar e dar fruto.

Com certeza ele ainda tem muitas coisas para falar ao seu coração. Mas como ele disse aos discípulos, naquele momento eles ainda não eram capazes de suportar e por isso só lhes seria falado depois (João 16.12). Ele não terminou a obra que começou a realizar em sua vida, mas com certeza ele a completará até o dia de Jesus Cristo (Filipenses 1.6). Aliás, nem o que ele está fazendo hoje você está compreendendo, mas você entenderá depois (João 13.7).

Nossa pressa, nossa ansiedade, nossa humanidade não nos permitem ver as coisas como Deus vê. Nem Abraão no deserto, nem José na prisão, nem Davi na caverna entendiam a contradição entre as promessas de Deus e a situação na qual viviam. Entretanto, quando a plenitude dos tempos chegou para eles, foram capazes de perceber que vale a pena esperar no Senhor e confiar em sua fidelidade.

Enquanto o tempo corre, Deus corre com ele. Ele jamais para, jamais cansa, jamais desiste. Ele trabalha para aquele que Nele espera (Isaías 64.4). Então aguarde. Deus não esqueceu você. E a plenitude do tempo lhe mostrará isso claramente.

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Gratidão

Obrigado Pai, porque estou aqui em tua casa, enquanto muitos perambulam pelo mundo sem um lugar para ficar, sem um teto para dormir, sem família, sem amigos, sem ninguém. Obrigado, porque enquanto eu te adoro outros choram, sem saber de teu consolo e teu perdão. Porque muitos sem ter luz, andam a passos tristes, amargos, vazios na escuridão. Obrigado porque ando, falo, vejo, canto, abraço, beijo, amo e sonho com amanhã ao tempo que alguns nada disso podem.

            Sou grato a ti porque apesar das minhas horas difíceis e ruins, tenho tido momentos muito bons em tua presença. Aquela minha lágrima do passado já secou e eu estou aqui sorrindo, cantando, orando e ouvindo palavras de vida que me dão fé, coragem e certeza. Certeza de que como tantas vezes aconteceu, ainda que o choro dure uma noite, pela manhã, virá a alegria. Tu és a minha esperança.

            Quero te agradecer porque se neste mundo encontrei pessoas que me fizeram chorar, também encontrei muitas outras que me fizeram sorrir. Se alguém me derrubou, alguém me segurou pela mão e me levantou e por esse motivo continuo em pé adorando em tua casa. Se choro pelos que partiram, choro porque eles foram bons, foram teus presentes para minha vida. Meu choro é meu testemunho de quão preciosos eles foram para mim.

            Eu te louvo meu Deus, pela saúde, pelo pão, pela vida, pela segurança, pela esperança de um amanhã e por tantas coisas boas que recebi de tuas mãos.

Jamais poderei entender porque tantos sofrem tanto em tantos lugares enquanto outros caminham tranqüilos sem sequer pensar em ti. Não tenho respostas para todas as perguntas de todas as pessoas, talvez nem sequer para as minhas. Talvez não tenha palavras para dizer àqueles que quando vêem as grandes catástrofes olham para mim e perguntam: “Onde está o teu Deus?”

Mas uma coisa eu sei. Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam (Salmo 23.4). Tu és o meu Deus para sempre e tu serás o meu guia até a morte. (Salmo 48.14). E ainda que passem os céus e a terra, tuas palavras jamais passarão (Mateus 24.35) e eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra! (Jó 19.25)

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Deus é bom em todo tempo. Seu amor maior foi demonstrado quando Ele enviou seu Filho ao mundo para morrer pelos nossos pecados e através disso nos trazer a vida eterna. Sua bondade, todavia, não cessa por aí. Ele de fato nos ajuda nos momentos difíceis de nossas vidas e realiza constantemente milagres e ações maravilhosas.

Ele nos perdoa, nos cura, nos provê de coisas boas (Salmo 103.1-5). Quem nunca recebeu uma cura do Senhor? Quem já não recebeu uma provisão especial em um momento inesperado? Quem não se alegou por um livramento sobrenatural? E o Senhor tem feito isso constantemente em nossas vidas.

O grande perigo, porém, é confundirmos a bondade de Deus, a qual não merecemos, com obrigatoriedade. Isso acontece quando adquirimos a mentalidade de que Ele, Deus, tem obrigação de nos suprir, curar, guardar, independente de qual sejam as nossas atitudes ou qual seja sua vontade. Nós então nos tornamos interesseiros, egocêntricos, mesquinhos, como se tudo girasse ao nosso redor. Esquecemos que Deus é o centro do universo e Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas.

Basta olharmos nosso “culto”. Ele é feito para Deus e só para Ele. Nós, porém insistimos em avaliar tudo com a regra “eu gostei ou não gostei”. Vamos ao culto conforme o nosso gosto e não devido ao Deus que ali está. Permitimos que o que é visível determine nosso relacionamento com Aquele que é Invisível.

Precisamos aprender o tipo de relacionamento com Deus desfrutado por Paulo e Silas na prisão, o qual Jó conhecia muito bem quando disse: Ainda que Ele me mate, Nele eu esperarei. (Jó 13.15)

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Como Deus vê

O Senhor não vê como vê o homem (1 Samuel 16.7)

Nosso olhar sobre as coisas é muito diferente do olhar de Deus. Ele não vê como vê o homem. E esse detalhe muda tudo.

Em primeiro lugar Deus vê do alto. O que para nós é imenso, para Ele é infinitamente pequeno. O Monte Everest com seus 8 mil metros de altura nada significa para Ele. Certamente as nações são consideradas por Ele como a gota de um balde e como o pó miúdo das balanças (Isaías 40.15). Da altura do seu trono nossas montanhas são pedriscos, nossos mares poças d´águas, nossos inimigos formigas.

Deus também vê à frente. Só Ele sabe o que acontecerá amanhã. Enquanto os israelitas só viram os egípcios e o Mar Vermelho, nosso Deus já via Canaã com seu leite e com seu mel. Eles se viam morrendo e Deus os via entrando na terra. Deus vê o seu amanhã, mesmo que suas lágrimas o impeçam de ver até mesmo o seu hoje. Ele pode fazer promessas que agora parecem impossíveis, porque já as vê cumpridas no futuro.

Por fim, só vemos a aparência, mas o Senhor vê o coração. Somos apressados em acusar e condenar. Contemplamos apenas a superfície. Deus vê o âmago das coisas. Muitas situações que julgamos ruins, se mostrarão amanhã como abençoadoras.

Só Deus tudo avalia corretamente. A dor do agora calejará áreas de nosso coração que se tornarão rijas e fortes, não podendo ser feridas pelo inimigo posteriormente. As feridas do agora evitarão inúmeras feridas do depois. Quem sobreviveu à tempestade, não temerá a chuva e o frio. As vezes queremos entender Deus, mas jamais poderemos vê-lo com a profundidade com que Ele nos vê.

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Se eu tivesse orado mais

Se eu tivesse orado mais ao longo de minha caminhada, com certeza hoje eu seria um cristão mais maduro e mais forte. Teria tido mais e maiores experiências com Deus e mais testemunhos para declarar.

            Se eu tivesse gasto mais tempo com oração e meditação, teria uma família mais abençoada, mais unida, mais perto de Deus. Teria visto muito mais da sua glória e seria uma benção muito maior entre os meus. Eu poderia ter sido uma bênção para minha igreja, muito maior do que fui.

            Quantas orações deixei de fazer. Quantas coisas não tenho porque eu não pedi. Sabedoria, força, entendimento, santidade, autoridade. Preferi lutar com minhas forças e por isso conquistei tão pouco. E mesmo assim olho o que conquistei e pergunto se valeu a pena, se não podia ter sido melhor. Tenho certeza que os céus estão cheios de bênçãos e vitórias preparadas para mim e que lá permaneceram porque eu não orei.

            Entretanto, ainda há tempo. Não sei quantos anos terei sobre a terra, mas posso vivê-los de maneira diferente do que vivi até hoje. Posso voltar ao primeiro amor e reacender a chama que um dia ardeu tão forte em meu peito. Hoje mesmo vou vasculhar minha vida e expulsar do santuário do meu coração tudo o que tem me afastado do meu Deus.

            Não vou mais fugir da oração. Vou orar em todo lugar sem ira e nem contenda. Vou dizer à Deus. Eis-me aqui, Senhor! Estou diante do teu altar de onde nunca deveria ter saído e onde deveria ter passado mais tempo em minha vida.

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Nós não vamos morrer

             “Mestre, Mestre, vamos morrer!” (Lucas 8.24). Com essas palavras os discípulos acordaram Jesus durante a tempestade ocorrida enquanto atravessavam o Mar da Galiléia. Para eles era o fim. Diante de seu fracasso em tentar conter a água que enchia o barco, eles estavam certos de que não havia como escapar. Em seu desespero não conseguiam ver o amanhã.

            Houve momentos em nossa vida nos quais também pensamos que era o fim. Nossos esforços não adiantaram nada. A situação apenas piorava e piorava. Diante disso também pensamos que era o fim. Mas não foi. O Senhor se levantou, o Senhor ergueu sua voz. Ele ordenou e tudo se fez quieto.

            Não! Nós não morreremos porque Ele está conosco. Ainda que nossa esperança morra, nós não morreremos porque foi Ele quem nos chamou para atravessar o mar e chegar do outro lado. Nós não morreremos porque foi lhe dado todo o poder nos céus e na terra.

            Ao contrário. Quando a tempestade se aquietou diante da ordem da sua voz eles se perguntaram: “Quem é este que até o vento e o mar obedecem?”. Da mesma forma, depois que a tempestade se for nós o conheceremos um pouco mais. Teremos uma idéia mais concreta de quem é Jesus e daquilo que ele pode fazer. Não, nós não seremos submergidos. Seremos sim, testemunhas oculares de seu poder e de seu cuidado por nós.

            Não morrerei, mas viverei; e contarei as obras do SENHOR (Salmo 118.17).

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